A Águia e a Galinha

 





(Adaptado da parábola de James Aggrey e Leonardo Boff)

Certa vez, um homem subia uma montanha quando encontrou, entre as pedras, um filhote de águia caído do ninho. Com pena do animal indefeso, decidiu levá-lo para casa.

Sem saber o que fazer com ele, colocou o filhote no galinheiro, junto com as galinhas. Ali, a águia cresceu, cercada por galinhas. Aprendeu a ciscar o chão, a comer milho, a bater as asas apenas para pequenos pulos. Nunca aprendeu a voar.

O tempo passou. A águia cresceu, mas vivia como se fosse uma galinha. Sua visão era curta, seu voo inexistente. Nunca ousava levantar voo em direção ao céu, embora seu corpo tivesse sido feito para isso.

Um dia, um naturalista visitava a região e, ao passar pela fazenda, viu a águia no galinheiro. Assustado, disse ao dono:

— Isso não é uma galinha! É uma águia!
— Talvez seja — respondeu o dono —, mas desde pequena vive com as galinhas. Aprendeu a ser uma delas. Não sabe voar. Agora é uma galinha como as outras.

O naturalista não se conformou. Pegou a águia e a levou até o alto de um penhasco. Apontou para o céu e disse:

Você é uma águia. Foi feita para voar. Não nasceu para viver no chão.

Mas a águia, com medo, olhou para baixo, viu o galinheiro e pulou de volta.

No dia seguinte, o homem voltou, levou a águia ainda mais alto, esperou o sol nascer e disse:

— O coração da águia sabe quem ela é. Mesmo que tenha esquecido, a natureza sempre encontra seu caminho.

Desta vez, quando o vento bateu em seu rosto, a águia olhou para o céu. Sentiu algo dentro de si. Bateu as asas, hesitou... e voou. Subiu cada vez mais alto, até se perder nas nuvens. Ali, ela descobriu quem realmente era.


Moral da história:

Muitos de nós fomos criados no “galinheiro” — aprendemos a ter medo, a pensar pequeno, a nos conformar. Mas dentro de nós, existe uma águia adormecida, pronta para voar.
Você está vivendo como quem nasceu para andar no chão ou para conquistar o céu?



Postagem Anterior Próxima Postagem

نموذج الاتصال